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Foto: Reprodução/TVGlobo

 


Chegou ao fim Vale Tudo — e, junto com o último capítulo, veio também uma sensação conhecida de quem acompanha novela: o famoso “ué?”.

A trama, que começou cheia de moral sobre caráter, terminou com um festival de furos de roteiro dignos de uma maratona de teoria no X (antigo Twitter).





Entre os questionamentos mais comentados está a imortalidade instantânea de Odete Roitman (Débora Bloch).

A vilã levou um tiro, foi dada como morta, colocada num saco preto e — voilà — acordou duas horas depois, como quem apenas cochilou no sofá.

Nenhum órgão atingido, nenhuma transfusão de sangue, nenhuma entubação. Nem a Marvel faria melhor.

A cronologia também virou um caso de polícia — literalmente.

A mulher “morre” às 22h15, liga pro subordinado à meia-noite, e ninguém acha estranho?

A perícia passou por lá, os bombeiros levaram o corpo e, quando ela desperta, cadê o saco mortuário? Sumiu junto com a coerência.

Mas não parou por aí. Celina (Malu Galli), que passou meses dividida entre Olavo e Estéban, simplesmente desapareceu do mapa amoroso.

Estéban, o marchand espanhol, evaporou. Celina termina recebendo Heleninha em casa, como se nada tivesse acontecido — talvez cansada demais para escolher um final.

Falando em Heleninha (Paolla Oliveira), a personagem que carregou a culpa, a ressaca e o trauma por mais de uma década também ficou sem redenção.

Sai da cadeia acreditando ter matado a mãe — spoiler: não matou — e volta para a mansão sem saber que Odete está vivinha da silva. Nenhum reencontro, nenhuma catarse. Só confusão mesmo.

No fim, Vale Tudo terminou valendo quase tudo mesmo — menos coerência.

E, se a intenção era manter o público debatendo depois dos créditos finais, missão cumprida.

A dúvida agora é se os autores vão deixar essas pontas soltas de propósito… ou se preferem que o público faça o trabalho de amarrar a história no lugar deles.


HN Notícias