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Foto: Reprodução

Um vídeo que viralizou nacionalmente mostra o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá (MT), ao lado da noiva de um fiel em uma casa paroquial. A cidade tem pouco mais de 5 mil habitantes e o caso provocou intensa repercussão nas redes sociais e na comunidade local.

Padre nega envolvimento amoroso

Em áudio divulgado junto ao vídeo, o padre nega qualquer relação amorosa com a mulher e afirma que ela apenas pediu permissão para usar o quarto e tomar banho. Para analisar a situação, o Código de Direito Canônico, promulgado pelo papa João Paulo II em 1983, estabelece que padres do rito latino não podem manter relações afetivas ou sexuais. O descumprimento deste compromisso é considerado uma infração grave, capaz de afetar a credibilidade do sacerdote e a imagem da Igreja.

Medidas disciplinares previstas

O Código de Direito Canônico prevê que casos públicos como este podem gerar medidas disciplinares, que vão desde advertências formais até a suspensão das funções clericais. Em situações mais graves ou reincidentes, o sacerdote pode ser reduzido ao estado laical, perdendo o direito de exercer o ministério.

A responsabilidade pela investigação e aplicação das sanções cabe ao bispo diocesano, que decide se o caso será resolvido localmente ou encaminhado à Congregação para o Clero, no Vaticano. A Diocese de Diamantino confirmou, em nota, que iniciou apuração sobre a conduta do padre.

O episódio que chocou a comunidade

O caso ganhou repercussão nacional após o vídeo ser divulgado. No último sábado (11/10), o padre foi flagrado na casa paroquial com a jovem de 21 anos. Nas imagens, o sacerdote aparece apenas de shorts, enquanto o noivo e o pai dele arrombam a porta do banheiro e encontram a mulher escondida embaixo da pia, vestindo um baby-doll.

Em áudio, o padre afirmou que a jovem pediu permissão para tomar banho após participar de uma atividade religiosa e que não havia nenhuma relação íntima entre eles. Ele também afirmou que o noivo estava viajando no momento.

Investigações da Igreja e da Polícia

A Diocese de Diamantino instaurou uma investigação canônica para apurar a conduta do padre. A nota da diocese reforça que todas as medidas previstas estão sendo tomadas, visando o bem da Igreja e da comunidade. A violação do voto de celibato é considerada falta grave, podendo resultar em suspensão ou afastamento definitivo do sacerdócio.

Além disso, a Polícia Civil de Mato Grosso abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. A jovem registrou boletim de ocorrência por divulgação indevida de imagens, e a corporação investiga se houve outros crimes, como violação de privacidade e possível assédio.

HN Notícias